Mensagem das Irmãs Missionárias Capitulares aos LMC

Ir. Irene Stefani é a padroeira dos leigos, não como colaboradores, mas como irmãos e irmãs na partilha do Carisma.

Por Missionárias da Consolata

Queridos/as Leigos/as Missionários/as da Consolata,

O dia 24 de maio de 2017 marcou uma etapa fundamental no caminho de comunhão e no crescimento da nossa família Missionária: foi a confirmação da intuição do Capítulo de 1993. A partir daquele momento vocês foram enxertados pelo espírito no Carisma e com o transcorrer daqueles anos a semente cresceu, floresceu, deu frutos e tornou-se um dom para a nossa Família Missionária.

Depois de tantos anos, no dia 24 de maio de 2017 alguns de vocês, vindos da Itália,de Moçambique,do Quênia, de Tanzânia, do Brasil, da Amazônia, da Colômbia e da Argentina participaram no XI Capitulo Geral, não somente como simples ouvintes, mas como irmãos e irmãs necessariamente diferentes, mas pertencentes à mesma Família.

Também vocês nasceram do seio da mesma Mãe, a Consolata, e beberam do mesmo carisma, o do nosso Bem-aventurado José Allamano. Conosco iniciaram o caminho do “Renascer” na força carismática para serem relançados no hoje e testemunhar a consolação.

Agradecemos-vos pelo empenho que cada grupo demonstrou na preparação deste encontro. Para alguns Leigos, muito provavelmente, foi a primeira vez que se encontraram entre vocês e conosco:Foi realmente um acontecimento de graça e nos permitiu de alargar os nossos horizontes.

irenestefanidoisMadre Simona ao acolher os/as LMC na sala capitular disse: “Como irmãos/as somos necessariamente diferentes e por isso este dia foi dedicado à escuta e à partilha e os próximos dias juntamente com os Irmãos IMC e as Irmãs MC em companhia da Beata Irene, que desde o início soube unir estas três realidades: as MC, IMC e os Catequistas. Ela é a padroeira dos leigos, não como colaboradores, mas como irmãos e irmãs na partilha do Carisma".

Convocados pela Consolata neste tempo muito particular, escutemos o seu convite: “Quero-vos em mim hoje para reconhecer e levar o meu Filho às pessoas que não o conhecem”.

Os dias vividos juntos tiveram uma importância espiritual intensa: manifestamos entre nós e aos outros que somos um, que comemos da mesma panela, como acontece numa família unida. Família que se nutre da verdadeira Vida que está na Consolata: o Cristo, e que se sacia na da mesma fonte.

A assembleia capitular acolheu com tanta admiração e gratidão a vossa partilha enquanto recolhidos e unificados por uma única força: a do Carisma. Sentimos-nos verdadeiramente família! Emergiu claramente que também no vosso coração arde a chama missionária que vos impulsiona a intensificar a vossa formação cristã e missionária, estimula-vos a reforçar a união do grupo, que em alguns lugares chamam “comunidade” e que suscita em vocês o desejo de estender a vossa resposta até além fronteiras; a partilhar com os jovens o Carisma, como contribuição de animação missionária ad gentes nas Igrejas locais.

Nos dias 25 e 26 de maio junto com os Missionários da Consolata Capitulares refletimos sobre a figura da Bem aventurada Irene Stefani, sublinhando a sua metodologia missionária e colhendo a sua mensagem para o futuro da Missão da nossa Família consolatina através da leitura e interpretação do milagre de Nipepe (Moçambique). Foi uma experiência vivida com entusiasmo, paixão missionária e espírito fraterno.

As reflexões destes dias foram recolhidos num documento “UM OLHAR PARA O FUTURA DA MISSÃO À LUZ DA CONFERÊNCIA DE MURANGA”, que em seguida será também partilhada com vocês.
A todos/as / os/as LMC Madre Simona ofereceu alguns pensamentos que iluminarão o futuro caminho da identidade e da missão dos/as LMC.

A identidade é totalmente própria, independente, por isso capaz de reciprocidade, de entrar em comunhão com as outras expressões do Carisma (IMC – MC). A vocação LMC é vocação ad vitam, no encarnar o Carisma que foi-nos transmitido pelo Fundador, de maneira laical.

A Missão, que é específica da nossa identidade, nos impulsiona a sair para encontrar o outro: o diverso e o mais distante, com uma atenção particular para os não cristãos, aqueles que não conhecem Jesus o Filho do Pai. Sempre construindo pontes e nunca barreiras. Nosso é sempre tudo o que é mais longe, nossos são os territórios humanos que são fora da “sacristia”. A nós é-nos pedido de aproximarmo-nos, com humildade e delicadeza de todas as feridas da história, da sociedade, do mundo, curando-as com o bálsamo da consolação. A nós é-nos pedido de ir às periferias humanas mais surdas à Palavra e mais cegas à Luz.

Cabe a nós alcançar o outro não gritando, mas na graça humilde, delicada, suave do Carisma. Cabe a nós alcançar os níveis profundos da pessoa e da cultura para recolher o que Deus já semeou, fez crescer e frutificar, apreciá-lo, celebrá-lo e anunciar o Filho Missionário do Pai que nos ama até o fim. E tudo isso sempre e somente na graça humilde e delicada, terna e fiel de uma Mãe, a Consolata.

As ressonâncias que as Capitulares expressaram tiveram o sabor de um reconhecimento: Irmãs e irmãos que se reencontram e se reconhecem tais e sentem escorrer em si o mesmo sangue, o patrimônio genético do mesmo Pai e da mesma Mãe, e neste reconhecimento exultam de alegria.

É uma experiência de verdadeira visitação em que vive-se a alegria do encontro que faz exultar o que mora no mais profundo de nós mesmos. E então MAGNIFICAT!

Obrigada! Repetimo-vos as palavras do Pai Fundador: “Coraggio e avanti, nel Signore vi benedico”.
Com afeto e gratidão

Nepi, aos 5 de Junho de 2017.

Vossas Irmãs Missionárias da Consolata, Capitulares.