O LMC e o Ano do Laicato

Ser Leigo Missionário da Consolata (LMC) nos dias de hoje requer equilíbrio e maturidade para assumir o protagonismo da nossa história.

Por Fátima Bazeggio*

O convite do Senhor Jesus « Ide vós também para a minha vinha » continua atual e dirige-se a toda pessoa que vem a este mundo. O chamado não diz respeito apenas aos pastores, aos sacerdotes, aos religiosos e religiosas, mas estende-se aos fiéis leigos que também são pessoalmente chamados pelo Senhor, de quem recebem uma missão para a Igreja e para o mundo. "(CFL 2)

Os LMC no Brasil, sempre nortearam a busca da construção de sua identidade no tripé: Vocação, Missão e Espiritualidade.

lmc_marcoO que inicialmente era chamado de "grupo" se tornou "comunidade" de irmãos e irmãs através do estudo, oração e partilha de vida. Passados 26 anos vivendo a expressão laical do carisma que o Bem Aventurado José Allamano deixou à Igreja, hoje nos sentimos especialmente felizes em celebrar, junto a toda Igreja no Brasil um ano dedicado ao laicato.

Entendemos e valorizamos a presença do leigo na Igreja e na sociedade, de forma que celebrar esse ano dedicado ao laicato, reforça em nós o valor e a responsabilidade do leigo que vive e responde à sua vocação sendo verdadeiro sinal da presença de Deus no mundo, com suas alegrias e esperanças, tristezas e angústias. Esta é a vinha, é o campo, no qual somos chamados a viver nossa missão e ser sal e luz (Mt 5,13-14), diante da diversidade de situações de dor, de guerra e de morte do mundo que vive em constante mudança.

Ser LMC nos dias de hoje requer equilíbrio e maturidade para assumir o protagonismo da nossa história, construir identidade missionária e espiritualidade do caminho, ter atitude que reponde ao apelo do papa Francisco e ser Igreja em saída.

Ser LMC nos dias de hoje provoca a desinstalação da nossa zona de conforto e nos impulsiona a "ir além" ao encontro do necessitado de pão, ação e consolação.

Ser LMC nos dias de hoje exige constante atitude de conversão, vigilância e de oração, frente à toda e qualquer realidade que se apresente no lugar em que vivemos.

Ser LMC nos dias de hoje exige atitude de escuta e observação para saber discernir os sinais dos tempos e acompanhar os avanços da ciência e da tecnologia, sem entretanto perder de vista o essencial da nossa fé.

Ser LMC nos dias de hoje requer humildade e ousadia para "arriscar sem medo de errar ou de sujar as mãos, entender o presente para projetar o futuro com força e coragem sem permanecer fechados nas miudezas da vida".

*Fátima Bazeggio é Leiga Missionária da Consolata, São Paulo.