LMC na Campanha da Fraternidade

No ano do laicato, o convite da CNBB através da Campanha da Fraternidade vem para toda a Igreja refletir na grande ferida que é a violência que atinge a sociedade brasileira.

Por Fátima Bazeggio

No ano do laicato, o convite da CNBB através da Campanha da Fraternidade vem para toda a Igreja refletir na grande ferida que é a violência que atinge a sociedade brasileira em suas múltiplas esferas e mais que isso, para que unidos possamos superá-la e implantar a cultura da paz.

campanha-da-fraternidade-2018Assumir o discipulado de Jesus como LMC, significa testemunhar com autenticidade as mais simples tarefas do cotidiano, com olhar atento sempre além de nossa realidade, vivendo juntos com a sociedade e a comunidade eclesial, sendo sal e luz, formando uma Igreja de fato missionária, aberta e profética que busca promover a vida entre tantos sinais de morte.

Não faltam dificuldades para a execução desse projeto e em vista disso o LMC na sociedade de hoje deve se engajar na luta contra tudo que oprime, que gera exclusão e violência.

Há um longo caminho a percorrer em busca dos direitos humanos para superar a violência e para tanto não podemos esquecer que cada vítima de violência, morto a cada ano nas cidades brasileiras, seja homem, mulher ou criança, tem um nome, uma identidade, uma vida com futuro interrompido e não é apenas mais um número nas estatísticas.

Para os LMC partilhar do carisma missionário que José Allamano deixou à sua Igreja, significa rejeitar a violência, não só a criminalizada, mas também a física e a racial, a de classe social e a étnica e também a psicológica. Ter atenção redobrada com as crianças e idosos, com os animais e a natureza, com o outro e com nós mesmos, enfim respeitar tudo que vive.

Acabamos de celebrar a festa de fundação dos Institutos da Consolata e lá também estavam presentes os leigos como sinal de que na família alargada, o compromisso com a missão continua atual através do testemunho de tantas pessoas que doaram suas vidas pelo ideal missionários como promotores da vida e de paz.

Na Evangelii Gaudium o Papa Francisco nos recomenda ousadia, um "primeirar", uma saída e um despojamento do nosso ser e estar, para se lançar nas novidades que a missão provoca em nós, de encurtar distâncias para que juntos possamos dar início a uma nova era de construção da cultura da paz. Que Deus nos ajude nessa tarefa.

Fátima Bazeggio é LMC São Paulo.