Desde 1904 torna-se evidente a importância do leigo como sal e luz na figura do catequista, do professor, do enfermeiro, atuando na prestação de serviço aos irmãos.
Por Fátima Bazeggio
Após os Leigos Missionários da Consolata (LMC) terem se apresentado no XI Capítulo Geral das Missionárias da Consolata em Nepi, Itália, em maio de 2017, o trio consolatino (padres, irmãs e leigos) se reuniu em Roma para à luz da Conferência de Muranga (1904) refletir o método apostólico resultante de tal Conferência e resgatar a forma com que 16 anos depois irmã Irene Stefani retoma dos pilares que constituíram tal método para trabalhar junto ao povo, sendo que através dessa prática alcançou um caminho para a santidade.
Desde 1904 torna-se evidente a importância do leigo como sal e luz (Mt 5,13-14) na figura do catequista, do professor, do enfermeiro atuando na prestação de serviço aquela população através da promoção humana. Com esse olhar podemos dizer que vemos lá em Muranga o gérmen do Leigo Missionário da Consolata.
Ao longo de mais de 25 anos de caminhada LMC foi construída uma identidade que está sempre em movimento, como um processo, pois, através da memória histórica, fortalecemos a apropriação e a vivência do carisma do padre Allamano. Temos a preocupação de estar sempre em sintonia entre os nossos próprios membros, com outros grupos, assim como com os institutos e a Igreja, sempre atentos se a nossa caminhada responde ao chamado de Jesus (Mt 28,19) e aos sinais dos tempos.
Repetindo as palavras de madre Simona Brambilla, Superiora das Missionárias, referindo-se à figura da Bem-aventurada Irene Stefani que sempre uniu MC, IMC e catequistas para o trabalho de evangelização podemos tomá-la como padroeira dos leigos, não como colaboradores mas, como irmãos e irmãs na partilha do carisma. E assim o faremos, de modo especial durante o ano que a Igreja vai dedicar ao leigo.
Se vemos a própria CNBB promovendo o protagonismo do leigo, incentivando a descoberta da dignidade de seu batismo atuando na sociedade, como sal, luz e fermento e o papa Francisco que chama os leigos e leigas de verdadeiros sujeitos eclesiais, cabe a nós que assumimos o carisma Ad Gentes como LMC atuar em igualdade de posição com o clero e os de vida religiosas para com o específico de nossa própria vocação e espiritualidade anunciar Jesus Cristo e seu Reino através do testemunho nas diversas áreas da vida familiar, profissional, política, comunitária e social.
