A presença física do Leigo Missionário da Consolata é sinal de consolação e de santidade, não a dos altares, mas aquela presente nos gestos comuns do cotidiano, não a santidade que aponta o caminho, mas que caminha junto.
Por Janice Santos de Oliveira *
Foto: Arquivo LMC
A dinâmica da vida moderna, com suas exigências e implicações, parece impedir cada vez mais que façamos a experiência do verdadeiro encontro pessoal com Deus. Assim, a impressão que se tem é de que a santidade anda em baixa, meio fora de moda. Para muitos, é quase impossível encaixar Deus na rotina, que parece uma corrida pela sobrevivência, seja atrás do trabalho, para ganhar dinheiro, pagar as contas e depois começar tudo de novo! Neste cenário não há lugar para o sagrado. Mas, é justamente nesta sociedade que o Leigo Missionário da Consolata - LMC vive e está presente. O mundo é o seu local, digamos, é a sua “praia”.
Ele está nos continentes onde a Consolata também está presente. No Brasil, ele está em São Paulo, Itapevi, Jandira e São Miguel, lutando para estabelecer novas relações. Está ainda em Joanópolis, sendo ouvidor do povo, está na Paróquia Nossa Senhora da Penha, capital do estado, semeando a cultura do bem viver, em Icapara, Votuporanga e no Rio de Janeiro, promovendo a dignidade humana.
A presença física do Leigo Missionário da Consolata é sinal de consolação e de santidade, não a dos altares, mas aquela presente nos gestos comuns do cotidiano, não a santidade que aponta o caminho, mas que caminha junto. A santidade de que nos fala Allamano tem uma forte carga de humanização. Humanizar-se significa santificar-se, e santificar-se é hospedar o outro dentro da gente.
Um exemplo de atuação está no casal Dalgi e Orestes, Leigos Missionários da Consolata, que em 2005 partiram para a Guiné Bissau e colaboraram na formação junto aos professores. E como a santidade não é algo passageiro, mas que se renova constantemente, para lá novamente o casal partiu no início do mês de março de 2014, levando na bagagem o sentimento de pertença e amor missionário. Regressaram à Comunidade da Consolata de Bor, para mais uma vez contribuir na capacitação, atualização e formação dos professores e lideranças em suas redes locais. Estão simplesmente procurando ser, estar e fazer seja onde for, o ordinário, de maneira extraordinária.