Leigos Missionários a serviço

Na pandemia, os leigos desempenharam papel importante de ajuda aos párocos e missionários.

Por Fatima Bazeggio

Iniciamos mais um ano com o desafio de enfrentar as consequências das perdas das vidas, do caos nos recursos na saúde, da inconsequência do negacionismo que expõe mais vidas e nos deixam um saldo nada favorável para o futuro. Até a chegada da vacina provoca divisões e as fake news correm soltas, à vontade e ao sabor desta ou daquela corrente que tem interesses particulares e/ou ideológicos, onde o cuidado com as vidas estão em último lugar. Esse sentimento permeia toda sociedade deixando um gosto amargo e uma frustração ao contrário daquilo que no início esperávamos ver acontecer fraternidade e cooperação entre países, entre as culturas, onde as fronteiras fossem derrubadas em busca do bem comum do planeta e da humanidade.

lmc_consolataMesmo assim, ainda ressoam vozes de verdadeiros profetas e mártires que arriscam tudo e não se calam diante da situação de morte que se instalou em nossa sociedade. Não ignoramos os esforços que vêm sido desenvolvidos por verdadeiros mensageiros da paz que conservam a lucidez para orientar e dar força e coragem para o povo que sofre, principalmente os mais necessitados, os excluídos, os migrantes, os indígenas e os ribeirinhos, a população de rua, as crianças e as mulheres que foram sujeitas a mais violência durante esse período de confinamento, enfim, vamos caminhando entre luzes e sombras, encorajando os que sofrem e ao mesmo tempo nos alegrando com as conquistas do bem e da verdade.

Grande parte das famílias chegou até a ficar privada da assistência religiosa como visitas e participação nas liturgias e foi nesse exato momento em que o clero esteve mobilizado para realizar parte do seu trabalho pastoral, que vimos entrar em cena a figura dos leigos que se tornaram os protagonistas e mensageiros tanto da consolação quanto do cuidado pastoral prestando assistência às necessidades que se apresentavam bem ali do outro lado da rua, dentro de sua família e indo muito mais além, realizando um verdadeiro trabalho missionário.

Dentre tantos bravos e corajosos leigos temos dentro da família missionária da Consolata, o mais novo ramo que pertence por vocação a esta família para desempenhar tal e qual os padres e as religiosas seu compromisso batismal dentro do carisma do padre Allamano para levar a consolação de Maria sob o título de Consolata.

Temos presença ao redor do mundo e dentro de nossa especificidade nos mantemos fiéis para não deixar apagar a chama do carisma frente à realidade de isolamento que a pandemia nos impõe e fazer ressoar o anúncio do Evangelho por onde os meios de comunicação nos permitem chegar.

Por incrível que possa parecer, a comunicação feita através da internet aproximou e facilitou em muito o contato e a troca de experiências entre as pessoas e também com os LMC não foi diferente. Estamos conectados com as várias comunidades do Brasil e do continente americano, atualizando notícias encorajando os que estão em situações de extrema carência, como é o caso da Venezuela e encontrando novas formas de rezar juntos e assim aprofundar nossa espiritualidade e nossa identidade de leigos missionários da Consolata.

Para este ano já elaboramos um calendário de encontros e atividades que contempla mais proximidade e comunhão para continuar a viver a nossa missão de um jeito novo, contando com os imprevistos que podem acontecer a qualquer momento, mas, que de qualquer forma iremos juntos encontrar uma forma de nos manter unidos e não deixar apagar a chama do carisma do padre Allamano que nos foi passado e que já faz parte do nosso SER LMC.

Fatima Bazeggio, LMC São Paulo.