Os Leigos na 2ª Conferência de Muranga

Era possível sentir vivo o espírito do fundador e seu carisma, durante todo o tempo e por parte de todas as pessoas.

Por Fátima Bazeggio


Revisitar os lugares e acontecimentos de Muranga, no Quênia em 1904, fez com que a família Consolata se mobilizasse, para empreender um encontro que contemplasse a história dos inícios do Instituto, recém-fundado pelo padre Allamano.

Tarefa heroica, de uma inspiração surgida nos capítulos gerais dos institutos em 2017, já com a presença dos Leigos Missionários da Consolata.

Tempo, estudo e pesquisa no empenho de reunir material, para apresentar ao mundo inteiro, via internet.

Conectados na tela e na alegria de rever pessoas, que há tempos não se viam e rostos novos para acolher, todos que ali estavam não podiam conter a emoção do encontro, se expressando em tantos idiomas diferentes, onde todos se entendiam, como na linguagem de Pentecostes.

A programação das atividades foi impecável, o uso da tecnologia, o esmerado trabalho de tradução em seis idiomas, a pontualidade que proporcionou o tempo exato, para a colocação daqueles que estavam indicados, enfim as duas horas de encontro, foram plenamente aproveitadas, para alcançar o fim desejado.

Era possível sentir vivo o espírito do fundador e seu carisma, durante todo o tempo e por parte de todas as pessoas. A espiritualidade Mariana, foi o fio condutor dos tempos de oração, proporcionando um clima de filiação e fraternidade.

O tempo nos grupos de trabalho foi fecundo para a análise, reflexão e sugestões para o futuro.

Do continente americano tivemos a apresentação de dois LMC, representantes da Secretaria Continental, que emprestaram sua voz para falar em nome das várias comunidades laicais e apresentar a síntese das perguntas propostas anteriormente. Como o LMC encarna o carisma no seu cotidiano e em sua pastoral? Como se percebe que um leigo é missionário da Consolata? O que o diferencia da realidade em que vive?

Testemunho vivo, simples e ao mesmo tempo complexo, das diversas realidades e situações, que o leigo enfrenta no seu cotidiano, com coragem e discernimento para honrar a sua vocação e o nome que carrega.

Os LMC fazem parte da história de Muranga desde 1904, na figura do catequista que, junto aos sacerdotes e depois às missionárias, puseram em prática os pilares do que viria a ser o método de Evangelização e inculturação que foi aplicado naquela época e é válido até os dias atuais.

Que o Allamano nos abençoe e a Consolata nos proteja.

Fátima Bazeggio, LMC comunidade São Paulo em Joanópolis, SP.