A força da minha vocação é a oração e a comunhão com outras pessoas.
Por Stephen Ngari
Luís Filipe, Leigo Missionário da Consolata - LMC, colombiano, sociólogo, 29 anos, passou por São Paulo, na Casa Regional, em preparação à missão em Moçambique.
Como surgiu a sua vocação?
Quando tinha 7 anos, nossos pais nos levaram à missão durante as férias. Trabalhamos numa área de afrodescendentes. Eu ficava brincando com as crianças. Mais tarde trabalhei com os indígenas de Cauca, com camponeses e numa zona de guerrilhas na Colômbia. Mesmo trabalhando com religiosos, nunca duvidei de minha vocação como leigo missionário. A minha alegria vocacional começou do encontro com Jesus. O mais bonito da vida não é ser pago, mas levar um sorriso e um abraço aos outros.
Por que a missão na África?
Quando chegou o tempo para ir à missão, os padres me perguntaram aonde eu queria ir. Respondi que não era para eu escolher. Queria que me mandassem onde achavam que Deus me queria. Queria fazer a Sua vontade. Ofereceram Ásia ou África. No final, achamos melhor que eu vá para Moçambique.
Quais são as suas expectativas e medos?
Mostrar Jesus vivo para as pessoas. Ser amigo de pessoas. Mostrar que um outro mundo é possível e ajudar a construí-lo. O maior medo é de não poder fazer um bom trabalho. Mas, confio que Deus, que me destinou, vai me dar as graças necessárias para realizar sua missão.
A missão ainda é urgente?
Há sete bilhões de pessoas no mundo, mais de três bilhões não conhecem Cristo. É o primeiro indicador de ir à missão. O segundo foi quando vi a fome, violência e a escravidão e me senti chamado a fazer algo. A terra é uma casa para todos. Temos uma grande responsabilidade de fazer um outro mundo possível.
O que lhe dá força na sua vocação?
A força da minha vocação é a oração e a comunhão com outras pessoas. Não devemos ter medo de fazer as coisas bem. Todos nós somos trabalhadores para colocar sementes de bondade na vida e nos corações das pessoas. Que todos nós sejamos bons e procuremos fazer o bem a todos.